Revista alentejo

» Vinho do Alentejo.
Retirada a rolha de cortiça, liberta-se um autêntico perfume e o desejo guloso de saborear um dos mais notáveis néctares que se produz em todo o mundo. Vertido cuidadosamente num adequado copo, o vinho alentejano é um dos mais evidentes casos da capacidade empreendedora da região e a prova de que a fileira agro-industrial alentejana é competitiva num mercado internacional extraordinariamente globalizado e competitivo. Quais os sabores do vinho alentejano: 1. O sabor tradicional, das antigas adegas, com chão de tijoleira gasta, tectos de tabique e paredes caiadas num branco refrescante e irregular. 2. O sabor dos solos ressequidos e quentes da planície, das sombras que protegem da calma quente do Verão e da paciência dos que conseguem extrair o máximo de uma natureza que deu sempre o mínimo; 3. O sabor das tabernas com balcão de mármore branco, onde os copos listados se enchiam e despejavam entre torresmos quentes e rodelas de rabanetes; 4. O sabor da inovação nas ciências agrárias que se foi produzindo na Universidade de Évora e nos Politécnicos de Portalegre e Beja; 5. O sabor dos jovens técnicos formados nas instituições de ensino superior alentejanas, nas áreas da agricultura, da gestão e da economia e que hoje gerem e trabalham nas modernas adegas cooperativas; 6. O sabor dos especialistas do marketing e do design que criaram a imagem de marca dos vinhos alentejanos, que hoje está presente no imaginário de todos os portugueses e em todos os amantes dos grandes vinhos; 7. O sabor do património, do ambiente e da ruralidade do Alentejo. O vinho alentejano tem todos estes sabores e é por isso que tem o sucesso que tem. O antigo e o moderno; o popular e o científico; o tradicional e a inovação tecnológica. É esta a fórmula do sucesso do vinho alentejano. Pode ser esta a fórmula de sucesso do Alentejo. |