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Há pessoas que são donas de outras pessoas, o que quer dizer que há pessoas que são propriedade de outras pessoas. Simplesmente inaceitável!

Na última semana, uma notícia vinda da província espanhola de Navarra, deixou Portugal, uma vez mais, perante uma, evidente e inaceitável, realidade do mundo em que vivemos: a escravatura, na sua mais cruel e repugnante expressão.

De acordo com a comunicação social, uma operação policial, em Espanha, libertou 91 trabalhadores, na maioria portugueses, que trabalhavam em regime de escravatura. A Polícia espanhola deteve também 17 exploradores dos operários, 13 dos quais são portugueses. Os operários - escolhidos pelo facto de serem pessoas marginalizadas e com uma cultura reduzida - eram recrutados para trabalhos em campos agrícolas e em estações de serviço. Em média, cada trabalhador ganhava, semanalmente, 10 a 15 euros e alguma comida, enquanto o intermediário ficava com cerca de 300 euros.

Esta é a triste realidade: a escravatura não desapareceu do mundo. Pelo contrário, cada vez são mais os exemplos deste ignóbil crime: Em África e na Ásia, continuam a vender-se, em mercados ao ar livre, milhares e milhares de mulheres, homens e crianças, como há alguns séculos atrás se fazia. Na Europa, rica, desenvolvida e educada, existe escravatura, na essência igual à que existe no resto do mundo.

Também em Portugal, centenas, ou talvez milhares, de mulheres, portuguesas e estrangeiras, são obrigadas a prostituir-se e são vendidas, frequentemente, como se fossem uma qualquer mercadoria; milhares de imigrantes ilegais são obrigados a trabalhar para patrões sem escrúpulos que os exploram; crianças são exploradas e maltratadas por adultos sem princípios.

A história dos direitos humanos parece estar a andar para trás. Aquilo que lemos nos livros de História e que vemos nos filmes épicos, dos romanos ou da conquista das Américas, não pertence só ao passado. Faz parte do mundo em que vivemos e está ao nosso lado, no nosso país, na nossa cidade, na nossa vila. Basta abrirmos os olhos, para vermos a realidade: há pessoas que são donas de outras pessoas, o que quer dizer que há pessoas que são propriedade de outras pessoas. Simplesmente inaceitável!

19/03/2007

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