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» Bombeiro(a)

.o(a) bombeiro(a) está disponível, em primeiro lugar, para o seu semelhante que necessita de socorro.

Um brutal acidente de viação vitimou dois concidadãos nossos, ambos bombeiros na corporação de Mourão. Uma tragédia imensa que inundou de tristeza as suas famílias, os seus amigos, a instituição a que pertenciam e a comunidade mouranense onde residiam e eram estimados. Uma lamentável e irreparável perda de duas vidas humanas e de dois Homens que, no momento do acidente que os vitimou, se encontravam ao serviço da Solidariedade e da Ajuda ao próximo.

Nestes momentos de perda e de dor, convém pensarmos e valorizarmos devidamente o trabalho das mulheres e dos homens que, nas muitas corporações de bombeiros do Alentejo e do país, se disponibilizam, solidariamente, para, através do respectivo trabalho, ajudar o seu semelhante.

Na realidade, ser bombeiro(a) é o resultado de uma decisão pessoal. Ser-se bombeiro(a) não é, simplesmente, um direito. É um dever. Quem decide ser bombeiro assume, também, o dever de abdicar de alguns dos seus direitos em favor dos direitos dos destinatários da sua actividade. De facto, o(a) bombeiro(a) está disponível, em primeiro lugar, para o seu semelhante que necessita de socorro. Só depois deste dever cumprido, vem o seu direito à família, ao tempo livre, etc.

É este princípio de vida e de humanismo, assumido pelos(as) bombeiros(as), uma das mais nobres formas de solidariedade e de cidadania que existem nos dias que correm.

Cada vez que escutamos o som de uma viatura dos bombeiros, pensamos sempre naqueles que estarão aflitos e que necessitam de socorro. Neste momento de luto, pensemos também, de vez em quando, naqueles(as) que socorrem. Não devemos ignorar que, num procedimento de socorro, para lá do eventual perigo de vida que corre aquele que é socorrido, está sempre mais alguém em risco real: aquele ou aquela que dá o socorro. É este o dever do(a) bombeiro(a). É também nosso dever nunca esquecermos este facto. É também nosso dever agradecermos essa solidariedade e esse humanismo.

É por isso que, hoje, nesta página do Diário do SUL, presto a minha homenagem aos dois bombeiros de Mourão falecidos há cerca de duas semanas, na certeza de que sou acompanhado neste simples, mas sentido, gesto, por todos os leitores.

07/05/2007

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