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O jornal do povo
O Diário do SUL é, obviamente, um conjunto de pessoas. Estes(as) amigos(as) estão diariamente presentes ao nosso lado, falam-nos do mundo, da cidade e da nossa terra, dão-nos voz e ajudam-nos existir.
Lembro-me, quando era miúdo, de o meu pai ler o Diário do SUL para um grupo de amigos, em torno de uma lareira que servia de pretexto para um serão de convívio. Escutavam-se as notícias do mundo, entremeadas com as últimas novidades do campeonato de futebol da FNAT, inspiradas pelas poesias dos poetas populares e complementadas com as análises sempre acutilantes do saudoso Jerónimo Lagartixo.
Actualmente, na minha terra (São Miguel de Machede), o Diário do SUL continua a fazer parte das rotinas da vida da nossa comunidade. Continuamos a saber as novidades do planeta global, a ver as classificações do campeonato do INATEL e a ler os comentários desportivos do Mário Simões, a tomar conta das actividades das crianças das escolas básicas e a ler os poemas dos poetas de sempre. No fim, ficamos sempre bem dispostos com as crónicas do António Saias.
O Diário do SUL está em cima das cómodas das casas de entrada à espera dos residentes; repousa em cima da mesa de fórmica da cozinha para ser folheado, enquanto se espera o jantar; está nos balcões dos cafés e das tabernas para uma leitura rápida entre a bica e o bagaço; está exposto nas prateleiras da biblioteca comunitária para ser consultado por quem entra. Os que têm mais dificuldade lêem as gordas; os que têm mais facilidade lêem as gordas e as magras; os mais novos passam a vista pelas páginas; os mais idosos gostam de passar as páginas vagarosamente pela vista.
É assim há trinta anos. Três décadas em que já se fizeram mais de dez mil números do Diário do Sul. Hoje, no nosso quotidiano, já nem notamos a presença do Diário do SUL. É nos dias em que ele não chega às nossas mãos que sentimos a sua falta.
O Diário do SUL é, obviamente, um conjunto de pessoas. Estes(as) amigos(as) estão diariamente presentes ao nosso lado, falam-nos do mundo, da cidade e da nossa terra, dão-nos voz e ajudam-nos a existir.
É a todos(as) estes(as) amigos(as) que eu endereço os meus sinceros parabéns pela obra notável que têm vindo a edificar e a quem desejo felicidades para o futuro.
27/03/2006
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